quarta-feira, 23 de maio de 2012

Historia da cidade de OLINDA


 
Em 1534, a Coroa portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi entregue ao fidalgo português Duarte Coelho, que tomou posse de sua capitania desembarcando, em 9 de março de 1535, na feitoria fundada em 1516, entre Pernambuco e Itamaracá. Pouco tempo depois, ele seguiu para o sul em busca de um lugar para se instalar. Encontrou um local estrategicamente ideal, no alto de colinas, onde existia uma pequena aldeia chamada Marim, pelos índios, instalando aí o povoado que deu origem a Olinda.Um sítio protegido pela altura descortinando o mar, com um porto natural formado pelos arrecifes, água em abundância e terras férteis, e fácil de defender, segundo os padrões militares da época. O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral, carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi fortificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao interior onde ficavam os engenhos de açúcar.
Com o extrativismo do pau-brasil e o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, Olinda tornou-se um dos mais importantes centros comerciais da colônia, enriquecendo a tal ponto que disputava com a Corte portuguesa em luxo e ostentação. O traçado urbano da vila configurou-se, ainda no século XVI, com a definição dos caminhos e com a ocupação dos principais promontórios pelos religiosos. Com a chegada das primeiras ordens religiosas – carmelitas, em 1580, jesuítas, em 1583, franciscanos, em 1585, e beneditinos, em 1586, foi feita também a catequização dos índios, de fundamental importância para a conquista definitiva das terras.
Em 16 de fevereiro de 1630, a Holanda invadiu Olinda e conquistou Pernambuco. Tomada a cidade, os holandeses se estabeleceram no povoado e ilhas junto ao porto e abandonaram Olinda. Em 24 de novembro de 1631, os holandeses incendeiam Olinda, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas no Recife, que começa a prosperar sob a administração holandesa. Em 27 de janeiro de 1654, os holandeses foram expulsos e iniciou-se a lenta reconstrução da Vila de Olinda.
APÓS 1654 – Depois de 1654, não se pode mais mudar o destino do Recife, que passa a ocupar aquele lugar antes Olinda. Será o Recife a sede, embora não oficial, e Olinda, secundarizada, se reconstruirá lentamente, não tendo mais a importância que teve naqueles anos anteriores a 1630. Mapa de meados do século XIX revela uma cidade, título obtido em 1676, ainda com as mesmas dimensões da antiga vila. É bem verdade que se reconstruíram, de forma monumental, as suas casas religiosas. O mercantilismo presente no Recife e a racionalidade daquela nova relação, à luz do novo mundo dos séculos XVI e XVII venceram afinal. Olinda tem seu futuro traçado diante do crescimento da importância do Recife. O centro histórico (atual), nesses meados do século XIX, ainda se encontrava envolvido por propriedades rurais, as maiores, os engenhos, na maioria de fogo morto, os da várzea do Beberibe, e as menores, os sítios, nas margens do Rio Beberibe e do mar.
NOVO FLORESCER – Sendo Olinda lugar de moradias e onde estava instalada, desde 1827, a Academia de Direito, ela adquire certa importância com relação ao lugar de trabalho, o Recife. Mas é o interesse pelos salutares banhos de mar, recomendados pelos médicos, que lhe dá nova vida. Nova vida que é bem representada pelo interesse de uma ligação mais rápida, através de um trem urbano, com o Recife, esta se fez desde a Encruzilhada, por antigo caminho que existia desde o século XVI.
De princípio, os veranistas usavam casas de terceiros, alugadas para as temporadas de verão. Depois, são adquiridos imóveis e se torna hábito então morar na cidade, mesmo fora da temporada de veraneio. É o renascimento da cidade. Sente-se essa transformação naquelas casas próximas ao mar, onde elas se revestem com roupas ecléticas e, com as reformas das fachadas, são modernizadas. O que se restringia às áreas próximas às praias vai depois caminhar para as outras ruas da cidade. Uma transformação urbana que dá novo alento ao velho burgo. A água potável, levada às casas pela Companhia Santa Teresa, e a eletrificação, denotam a importância que readquire a cidade. Logo, o trem urbano é substituído pelos bondes elétricos, no início do século XX.
MENEZES, José Luiz Mota, in Evolução Urbana e Territorial de Olinda: do Descobrimento aos Tempos Atuais – A Vila de Olinda – 1537-1630




Historia retirada:  http://www.olinda.pe.gov.br/

Mercado de São José


Foto retirada do Site: http://barriodecuba.altervista.org/index.php

Vista noturna do bairro da MADALENA!!!


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Novas Fotos do Marco Zero


Fotos retiradasdo do:http://barriodecuba.altervista.org/index.php

Aeroporto Internacional dos Guararapes ( Pernambuco)


O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes — Gilberto Freyre utiliza o que há de mais avançado em tecnologia aeroportuária, começando pelo acesso às aeronaves. O corredor que conduz às pontes de embarque foi o primeiro no país a utilizar acessos diferenciados para os passageiros. Além de evitar o encontro dos dois fluxos, torna o processo mais rápido e seguro.
O prédio é controlado por sistema de automação e possui sensores de presença que evitam o gasto de energia em áreas que não estão sendo utilizadas. Mais de 23 mil m² de vidros especiais proporcionam iluminação natural e mantêm o conforto térmico do ambiente. No pátio de aeronaves, dutos subterrâneos levam o combustível para os aviões, uma forma mais segura de abastecimento, pois evita o trânsito de caminhões-tanque no local.
A área destinada a compras e lazer dispõe de várias opções para o consumo de produtos e serviços dentro do conceito de Aeroshopping adotado nos principais aeroportos da Infraero. Anexo ao terminal de passageiros funciona o edifício garagem, com capacidade de estacionamento para mais de dois mil veículos e cobertura com espaço para a realização de eventos.
As soluções adotadas na arquitetura arrojada do terminal contemplam itens de acessibilidade: balcões de check in adaptados, rampas com piso antiderrapante, faixas de pedestres elevadas ao nível da calçada, que receberam a aprovação da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Entre outras facilidades, o aeroporto conta com delegacia de Polícia Civil especializada no atendimento ao turista e delegacia de imigração da Polícia Federal, que faz a emissão de passaportes.
A vocação do aeroporto para divulgar a arte pernambucana pode ser apreciada em cada espaço. Francisco Brennand compõe o acervo com um mural, localizado na entrada das salas de embarque e três estátuas, na praça de alimentação, além de José Cláudio,  piso térreo, Gil Vicente, sala de autoridades Ana Guerra e Pedro Frederico que expõem painés no saguão do embarque. O artista Abelardo da Hora exibe uma estátua de sociólogo Gilberto Freyre, que dá nome ao aeroporto, na área central do piso térreo. Um painel de João Câmara instalado no check in e uma escultura de Romero Britto no saguão do desembarque são das obras que embelezam o terminal. Uma obra de Montez Magno está localizada no Desembarque Sul.

Texto retirado do site oficial da:Infraero   
http://www.infraero.gov.br/index.php

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Interior de Pernambuco - Cidade de Palmares

População: 55.790 habitantes
Área: 374 km2
Distância da capital: 125 km
Acessos: BR-101.


História
Palmares é uma das cidades mais tradicionais de Pernambuco. O nome palmares deriva da grande quantidade de palmeiras que existia na região. O nome também deu origem ao Quilombo dos Palmares, o maior da história do Brasil; embora hoje a região do quilombo esteja em Alagoas, boa parte dele (que era muito grande) localizava-se em terras da então capitania de Pernambuco; leia mais sobre o Quilombo dos Palmares.
Com a chegada dos trilhos da estrada de ferro sul de Pernambuco, em 1862, a população cresceu consideravelmente. Tendo em vista a posição privilegiada da cidade, a estrada de ferro instalou no local o escritório central da administração, oficinas, almoxarifados e armazéns, tornando Palmares Palmareso centro comercial da região.
Palmares foi elevado à categoria de cidade pela Lei provincial nº 1.093, em 24 de maio de 1873, desmembrando-se do município de Água Preta.
Administrativamente, Palmares está constituído pelos distritos sede e Santo Antônio dos Palmares e pelo povoado de Usina Serro Azul.
Anualmente, no dia 09 de junho Palmares comemora a sua emancipação política.

Economia
Distante 125 km do Recife, Palmares está localizado na Zona da Mata Sul de Pernambuco e tem como principal atividade econômica a agroindústria açucareira. Além da cana-de-açúcar destacam-se também na agricultura: batata-doce, mandioca, banana, cana-de-açúcar, laranja e abacaxi (foto).
Em Palmares há uma grande variedade de indústrias de transformação. O comércio no município é um setor em expansão com estabelecimentos de pequeno e médio porte, com destaque para os supermercados e lojas de material de construção, autopeças e confecção. economia de Palmares Hoje 59% dos moradores de Palmares têm atividades ligadas ao comércio. Compradores de várias cidades vizinhas vão até Palmares para fazerem suas compras. Esses visitantes tem uma participação econômica no comércio de cerca de 40%.
Além do município de Palmares, a Região de Desenvolvimento da Mata Sul, na Mata Pernambucana, abrange mais 23 municípios, são eles: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Chã Grande, Cortês, Catende, Escada, Gameleira, Joaquim Nabuco, Jaqueira, Maraial, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, Sirinhaém, São José da Coroa Grande, São Benedito do Sul, Tamandaré, Vitória de Santo Antão e Xexéu. A região possui uma área de 5.208,6 km², sendo 5,26% do território pernambucano.

Turismo
Terra dos Poetas. É assim que Palmares ficou conhecida por ter sido berço de grandes poetas. Entre eles destacam-se Ascenso Ferreira (foto) e Hermilo Borba Filho.
Ascenso Ferreira nasceu em 1895. Na cidade passou sua infância e adolescência, onde aos treze anos começou a trabalhar na loja de um tio para ajudar no orçamento doméstico.
Em 1917 fundou com alguns amigos a sociedade literária Hora Literária de Palmares. Nas reuniões dominicais, reuniam-se para ler suas produções intelectuais. No mesmo ano estreou como poeta, publicando Pro Pace, soneto dedicado a Oliveira Lima, no Jornal do Recife.
Ascenso Ferreira Participou do movimento modernista (Mário de Andrade foi seu hóspede, certa vez) e colaborou nos jornais e revistas da época, percorrendo os grandes centros literários do país lendo seus famosos poemas. Publicou: Catimbó (1927), Cana Caiana (1939), Xehenhem (1951), 64 poemas e 3 historietas populares (livros e discos) (1958), Catimbó e outros poemas (1939). Sobre folclore escreveu Maracatu, Presépios e Pastoris e O bumba-meu-boi, na revista Arquivos, da Prefeitura do Recife, entre 1942 e 1944. Ascenso Ferreira faleceu em 1965.
Outro nome expressivo da poesia, o "Escritor maldito", como ficou conhecido devido ao uso de palavrões em seus romances, Hermilo Borba Filho nasceu em Palmares no dia 08 de julho de 1917. Filho de senhor de engenho, Hermilo só começou a sua carreira quando foi ao Recife, no final dos anos 30, com o objetivo de estudar direito. Porém, já em 1943 dirigia o teatro de Ópera do Recife.
Fez várias parcerias que impulsionaram a sua carreira de romancista e teatrólogo. Em 1945, com o escritor Ariano Suassuna funda o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1958 inaugura junto a outros intelectuais o Teatro Popular do Nordeste (TPN). Em 1961 o grupo funda, no Recife, o Movimento de Cultura Popular (MCP) que pretendia, através da educação e da arte, "ampliar a politização das massas, despertando-as para a luta social". Em 1966, publica Margem das Lembranças, primeiro romance da tetralogia e Um Cavalheiro da Segunda Decadência, considerada sua obra de maior importância.
Hermilo Borba Filho recebeu vários prêmios. Dos quais destacam-se o Prêmio Revelação de Diretor, da Associação Paulista de Críticos Teatrais, em 1957 e, no mesmo ano, o Prêmio de Melhor Diretor Nacional de Comédia da prefeitura do Rio de Janeiro.
Junto ao compositor Chico Buarque de Hollanda, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, o indigenista Orlando Vilas Boas e outros, Hermilo integrou o conselho editorial semanário de circulação nacional, editado em São Paulo, chamado Jornal Movimento. Morreu no Recife, em 02 de junho de 1976.
A casa de engenho onde Hermilo Borba Filho nasceu está com toda a mobília preservada, inclusive a escrivaninha que seu pai, Hermilo Borba Carvalho, utilizava para escrever suas crônicas.
Palmares tem muita história para contar. Além de grandes poetas, o município possui o primeiro teatro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro mais antigo do Estado, além de abrigar a primeira loja maçônica de Pernambuco.
Além da carga histórica da cidade, há também um lado mais bucólico. Existem vários atrativos naturais para os visitantes. O município é cercado por muitas águas. Ideal para quem deseja relaxar e tomar banhos de cachoeiras e corredeiras. A Cachoeira da Barragem do Rio Camivô é perfeita para a prática de esportes radicais e para um passeio em família.
Outras opções são as cachoeiras do Caritó e Véu de Noiva. Para chegar lá, no entanto, é preciso muita disposição, já que o caminho é feito entre bambuzais e bananeiras. A Véu de Noiva possui três quedas, sendo a mais alta com 5 metros. A Corredeira do Oratório é formada pelas águas do Rio Una. Contam os moradores de Palmares, que o nome da corredeira foi dado porque os senhores de engenhos matavam seus inimigos às margens, dando-os permissão a uma última oração.